domingo, 26 de janeiro de 2014

Maria Gadu


Lynda Waterhouse: Soul love: à noite o céu é mais perfeito


"Noite quente de verão. Para ser exata, estamos no primeiro sábado do mês de agosto. As estrelas nunca brilharam tanto. Estou sentada na janela do meu quarto, admirando esse espetáculo deslumbrante e pensando nas coisas que me aconteceram naquele verão.

Eu era outra Jenna Hudson.
A lembrança dói. Meu cérebro tenta descobrir onde fica exatamente a dor, mas logo desiste, porque tudo dói.
Estou cansada de viver como se já fosse uma pessoa adulta e madura. Gostaria de voltar a ser criança – uma garotinha de seis anos que caiu da bicicleta. Gostaria de fazer cara de choro e correr aos berros para a cozinha, onde minha mãe me ergueria do chão, me daria um forte abraço e beijaria meu joelho esfolado. Eu pararia de chorar e tomaria leite com chocolate para a dor passar.
Essa é uma das coisas que as pessoas não nos ensinam quando falam de crescer: como lidar com as dores que não passam com um beijo."

"Assim como um perfume deve permanecer
Nos lugares em que foi espargido
Também a tua lembrança,
Para Sempre mantida em meu cérebro.
Nunca me deixará: tudo pode passar,
Mas tu ficarás." ( Arthur Symons)

Coldplay


sábado, 18 de janeiro de 2014

Daniel e Almir Sater


A 5ª onda: Rick Yancey


Depois da primeira onda, só restou a escuridão. Depois da segunda onda, somente os que tiveram sorte sobreviveram. Depois da terceira onda, somente os que não tiveram sorte sobreviveram. Depois da quarta onda, só há uma regra: não confie em ninguém. Agora inicia-se A QUINTA ONDA. No alvorecer da quinta onda, em um trecho isolado da rodovia, Cassie foge deles. Os seres que parecem humanos, que andam pelo campo matando qualquer um. Que dispersaram os últimos sobreviventes da Terra. Cassie acredita que, estar sozinho é estar vivo, até que conhece Evan Walker. Sedutor e misterioso, Evan Walker pode ser a única esperança de Cassie para resgatar seu irmão — ou até a si mesma. Mas Cassie deve escolher entre a esperança e o desespero, entre a rebeldia e a entrega, entre a vida e a morte. Entre desistir ou contra atacar. 

Bruce Springsteen


Bruce Springsteen


Dire Straits


The Corrs e U2


Paula Fernandes e Dominguinhos


Mudam-se os tempos...



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem – se algum houve –, as saudades
Luís de Camões

Morada


Cristina Perri


Para descontrair


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Sete resoluções de Ano Novo para quem gosta de ler

Não basta começar a dieta e ir à academia. Em 2014, precisamos ler mais e melhor

DANILO VENTICINQUE


31 de dezembro é dia de fazer promessas para o ano que vem - e de lembrar, com alguma vergonha, das promessas que não  conseguimos cumprir. Sedentários correm maratonas imaginárias. Comilões planejam dietas para a primeira segunda-feira do ano. Estressados prometem relaxar mais, embora as praias e estradas lotadas não ajudem. Todos se unem no exercício esperançoso de acreditar, ao menos por alguns dias, que 2014 será melhor.
Os apaixonados por livros não escapam dessa regra. Em 2014 leremos mais e melhor. Desbravaremos clássicos que nunca ousamos abrir e ainda teremos tempo para não perder os principais lançamentos. Ao menos é nisso que acreditamos hoje. Eu, ao menos, acredito. Divido com os leitores da coluna minha lista de promessas para o próximo ano. Para os que quiserem segui-las comigo e também para os que quiserem usá-la contra mim no fim de 2014, quando eu terei inevitavelmente fracassado. Aproveito para convidá-los para compartilhar  suas promessas literárias na caixa de comentários. Que ao menos algumas delas sejam cumpridas. E que em 2014 a leitura continue a nos dar prazer.
1. Ler todos os dias, sem falta
Num ano em que a Copa do Mundo se soma à nossa já grande lista de distrações, essa é uma promessa corajosa. A recompensa é proporcional ao esforço. Há quem simplesmente prometa ler mais. Há quem estabeleça uma quantidade mínima de livros para terminar no ano. São boas promessas, mas costumam falhar. Tornar a leitura um hábito diário é uma maneira de cumprir todas essas metas. Se você for seguir apenas uma resolução literária para 2014, que seja essa.
2. Espalhar mais livros
Não deixe sua estante lotar em 2014. Ajude a literatura a circular. Doe os livros que não pretende ler mais. Empreste livros para seus amigos, e não se incomode se eles não forem devolvidos logo. São raros os livros que temos tempo para reler. Se ao terminar de ler um livro você perceber que ele já cumpriu  sua missão, passe-o adiante. Ajude a leitura a se espalhar.
3. Conter o consumismo
Comprar livros é um vício quase tão prazeroso quanto ler. A maioria dos leitores que conheço costuma comprar mais livros do que é capaz de ler. O resultado são estantes abarrotadas, carteiras vazias e um vago sentimento de culpa. Resistir a todas as tentações é impossível. Continuaremos comprando livros em 2014. Mas não custa nada tentar conter os impulsos consumistas e lembrar que os livros precisam ser lidos. Não há diferença objetiva entre um livro parado na livraria e um livro parado na estante de casa.
4. Formar novos leitores
Podemos reclamar do governo, dos currículos escolares, da formação dos professores, dos preços dos livros e da falta de bibliotecas. Não faltam motivos para que a leitura não seja um hábito tão difundido no Brasil. Muito ainda precisa ser feito, mas os leitores podem ajudar. Em 2014, apresente os livros para alguém que ainda não tem o hábito de ler. Se cada leitor converter apenas um não-leitor por ano, em pouco tempo seremos um país de leitores.
5. Redescobrir o Brasil
O drible, de Sérgio Rodrigues, e Fim, de Fernanda Torres, foram paixões tardias para mim em 2013. Ao lado de outros lançamentos recentes, esses livros provam que a ficção brasileira contemporânea é boa e acessível o bastante para sair das panelinhas e conquistar um público maior. A literatura fantástica continua num excelente momento: autores como Eduardo Spohr, Raphael Draccon e Carolina Munhóz conquistaram um público fiel e devem continuar fazendo sucesso por muitos anos. Os livros infantojuvenis de autoras como Thalita Rebouças e Paula Pimenta continuam a vender centenas de milhares de cópias e cativar novos leitores. 2013 foi um ano excelente para a literatura brasileira. Que em 2014 os escritores brasileiros percam definitivamente a vergonha de vender, e que os leitores não tenham vergonha de comprar seus livros.
6. Conversar mais sobre livros

A leitura é um hábito solitário e silencioso, mas o silêncio e a solidão precisam ser interrompidos de vez em quando. Para quem está acostumado a guardar para si as alegrias da literatura e as divagações que os livros provocam, o próximo ano é uma chance de dividir essa paixão. Há outros leitores espalhados por aí. Descubra-os. Fale com eles. Cada conversa ajuda a reforçar o hábito da leitura, descobrir novos autores e compartilhar os livros que amamos.

7. Cumprir as promessas do ano passado

As melhores resoluções de Ano Novo são renováveis. Talvez você não tenha cumprido algum item da sua lista para 2013. Talvez tenha falhado em todos eles. Não importa. 2014 acolherá todas essas promessas – e mais outras, se estiver disposto a fazê-las. Nesse quesito, os leitores têm uma enorme vantagem sobre os comilões ou sedentários. O tempo é implacável: a cada ano que passa é mais difícil entrar em forma. Conosco, o efeito é o contrário. Os anos de leitura nos transformam em leitores melhores. Se você não conseguiu vencer aquele clássico da literatura este ano, estará mais preparado no ano que vem. Se não cumpriu suas metas de leitura, pode tentar novamente agora, com mais experiência. Quanto mais listas de resoluções de Ano Novo fazemos, maior é a chance de conseguirmos realizá-las. Jamais conseguiremos ler todos os livros que queremos, mas é um consolo saber que a cada ano estamos um pouco mais perto dessa meta inatingível. Não devemos deixar de acreditar em nossas promessas para 2014. O tempo está a nosso favor.

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2013/12/sete-bresolucoes-de-ano-novob-para-quem-gosta-de-ler.html


O teorema Katherine: John Green


Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

Lendo a história, Colin chega a ser, às vezes, insuportável por querer ser "o gênio", ou seja, uma pessoa importante, mas Hassan é verdadeiramente adorável, com sua personalidade divertida e singular, pois, apesar de levar "a vida na boa" ou "sem querer muita preocupação" para seguir os estudos, tem mais senso de humor e "mais bom senso", onde, em certos momentos, sabe dar umas indiretas sensatas para o amigo prodígio "acordar". 

A garota que eu quero: Markus Zusak


O Rube nunca amou nenhuma delas. Nunca se importou com elas. Nem é preciso dizer que Rube e eu não somos muito parecidos em matéria de mulher. Cameron Wolfe é o caçula de três irmãos, e o mais quieto da família. Não é nada parecido com Steve, o irmão mais velho e astro do futebol, nem com Rube, o do meio, cheio de charme e coragem e que a cada semana está com uma garota nova. Cameron daria tudo para se aproximar de uma garota daquelas, para amá-la e tratá-la bem, e gosta especialmente da mais recente namorada de Rube, Octavia, com suas ideias brilhantes e olhos verde-mar. Cameron e Rube sempre foram leais um com o outro, mas isso é colocado à prova quando Cam se apaixona por Octavia. Mas por que alguém como ela se interessaria por um perdedor como ele? Octavia, porém, sabe que Cameron é mais interessante do que pensa. Talvez ele tenha algo a dizer, e talvez suas palavras mudem tudo: as vitórias, os amores, as derrotas, a família Wolfe e até ele mesmo. 

“Eu queria apenas ser tocado por uma garota, um dia. Queria que ela não me olhasse como se eu fosse um perdedor imundo, rasgado, meio risonho e meio carrancudo que tentava impressioná-la.”

“Continuou pedindo que eu olhasse para ela, mas eu ainda não estava pronto. Em vez disso, levantei-me e olhei para a casa [...] a garota, como sempre, não estava em parte alguma. No entanto, havia uma garota perto de mim [...] Ela me olhou e me fez retribuir o olhar. [...] E o rosto de Octavia clamou por mim no silêncio da noite urbana quando ela perguntou:
– Você quer ficar em frente à minha casa, em vez disso?”


“Meu problema, eu acho, vinha de eu ter passado tanto tempo dentro da solidão. Eu sempre observava as garotas de longe, mal me aproximando o bastante para sentir de verdade, isso também trazia certo alívio. Não havia pressão. Incômodo. De certo modo, era mais fácil apenas imaginar como seria, em vez de enfrentar a realidade da coisa. Eu podia criar situações ideais e maneiras de agir que me fariam conquistá-las.”


O autor escreve uma história de descobertas e amadurecimento, acercando certos valores sociais, como família, amizade, dignidade, etc.

Cidades de papel: John Green


Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.



“Todos os momentos da vida são vividos no futuro: você frequenta a escola para entrar na faculdade, para arrumar um bom emprego, para comprar uma casa legal e mandar os filhos para a faculdade, para que eles consigam arrumar um bom emprego, para comprar uma casa legal, para mandar os filhos para a faculdade.”


“...É uma cidade de papel... Todos idiotizados com a obsessão de possuir coisas. Todas finas e frágeis como papel. E todas as pessoas também. Vivi aqui durante dezoito anos e nunca encontrei ninguém que se importasse realmente com qualquer coisa." 

"Q, você vai entrar na Duke. Você vai ser um grande advogado-ou-sei-lá-o-quê muito bem sucedido, se casar e ter filhos e viver sua vidinha. E aí você vai morrer. E nos seus momentos finais, quando estiver engasgando na própria bile em um asilo, vai dizer para si: Bem, desperdicei minha vida inteira, mas pelo menos invadi o SeaWorld com Margo Roth Spiegelman no último ano do colégio. Pelo menos "carpei" um diem."

O autor escreve uma história com humor e filosofias, enfim, uma história de descobertas, principalmente, quando vivenciamos a fase da adolescência. 


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