quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O segredo do anel: o legado de Maria Madalena de Kathleen McGowan




Este romance faz-nos embarcar numa viagem de aventura e romantismo, em que um anel é a chave para a descoberta de um segredo com mais de dois mil anos e, até agora, muito bem guardado. Maureen Paschal, jornalista e escritora, decide escrever um livro cujo objectivo é reabilitar o nome de várias mulheres que foram difamadas ao longo dos séculos como Maria Antonieta, Joana d''Arc, Lucrécia Borgia, Maria Madalena, entre outras. Ao viajar para efetuar as pesquisas necessárias para o seu livro não imagina, de modo algum, o que poderá acontecer. Percorre as ruas de Jerusalém, visita as catedrais de Paris e passa pela região do Languedoc, com suas cidades sombrias e recheadas de segredos. A jornalista acaba por se envolver com uma entidade secreta e acredita que vai encontrar os evangelhos de Maria Madalena. 
Como seria o mundo se tivesse sido possível para Maria Antonieta, Joana d'Arc, Lucrécia Bórgia, Maria Madalena e outras mulheres tomar as rédeas do destino, vencer suas guerras e contar a História sob seu ponto de vista? Com 'O segredo do anel - O legado de Maria Madalena', Kathleen McGowan consegue rever os alicerces da História, notadamente da Igreja Católica, e recuperar a importância da participação feminina em momentos decisivos para a humanidade. A protagonista do romance é a jornalista Maureen Paschal que, com a intenção de escrever um livro que faça justiça a personalidades femininas difamadas por razões políticas, corre o mundo em busca de documentos raros que contradigam a História oficial. Sua pesquisa começa em Jerusalém, onde pretende localizar documentos que a ajudem a escrever o capítulo que dedicará a Maria Madalena. Perambulando pelas ruas da Cidade Santa, a pesquisadora se sente atraída por um anel, exposto num antiquário. O anel não está à venda, mas ela estranhamente o recebe de presente do comerciante. Este é o ponto de partida da jornada que leva Maureen das ruas de Jerusalém para as catedrais de Paris e os misteriosos caminhos da região de Languedoc. Repleto de aventura, suspense e romance, o livro joga luz sobre pontos obscuros da História oficial e revê o papel feminino ao longo dos séculos.

A história é sobre uma escritora e jornalista – Maureen (seria a própria autora?) – que busca outros pontos de vista sobre histórias que conhecemos há tempos. Maria Antonieta, rainha da França que tem como estigma a famosa frase “se não têm pão, que comam brioches”; Joana D’Arc, um símbolo cristão, vistas de outra maneira, dentre várias outras mulheres citadas – o que inclui principalmente Maria Madalena, que acaba por tomar conta de todo o livro –, elas têm suas histórias
recontadas pela protagonista.

O mais interessante é quando ela diz: “A história não é o que aconteceu. A história é o que foi escrito”. Realmente, a mulher conseguiu se igualar em direitos ao homem há pouco tempo (se é que chegamos definitivamente mesmo a este patamar). Analisando tudo que conhecemos e sabemos, a sociedade sempre foi machista e durante muitos séculos teve a mulher como ser inferior. Ou seja, contaram as histórias que conhecemos quem podia contá-las: homens, a elite, quem podia comandar a massa. Não digo que sejam pessoas más, mas estes oferecem apenas um ponto de vista para histórias que sempre têm vencedores e perdedores ou ainda grandes companheiros – de igual para igual.


E é aí que o livro fica melhor ainda: Madalena não é uma prostituta como conhecemos na bíblia, mas uma mulher que se casou e teve filhos de Jesus. Os apóstolos não são exatamente como conhecemos: Judas não foi um traidor. João Batista, primo de Jesus, também se intitulou o escolhido – tudo muito m
ais politicagem do que poderíamos acreditar.
O livro faz grandes revelações e se diz ficção, mas eu não duvido que seja uma história real. A mesma história sendo contada por outro ângulo. Talvez mais sincero, talvez menos preconceituoso. Como saberemos?

A decisão de acreditar ou não é sua, mas a leitura vale cada linha.
E se for ler, tenha as obras de Boticelli e de da Vinci à mão. É melhor ainda para ilustrar seus pensamentos e seus credos, enquanto devora o livro.
fonte: http://blogdagabi.vesoloski.eti.br/2007/03/o-segredo-do-anel-o-legado-de-maria.php 

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