quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Palácio de inverno - John Boyle




Pode-se fugir da história? Será possível viver no anonimato após uma existência de fausto e glória? A vida comum é assim tão diferente da vida pública?
Geórgui Jachmenev passou a vida inteira se debatendo com essas questões, e agora, prestes a perder o grande amor de sua vida, tenta encontrar uma resposta para elas ao refletir sobre seu percurso num século XX que sempre lhe pareceu longo demais.
Seus feitos começaram cedo: aos dezesseis anos, em ação impulsiva e atabalhoada, o rapaz impediu um atentado contra a vida de ninguém menos que o grão-duque Nicolau Nicolaievitch, irmão do czar Nicolau II, que, agradecido, nomeou Geórgui o guarda-costas oficial de seu filho Alexei, destinado a ser o próximo czar. Uma reviravolta impressionante, que o levou da taiga russa para o fausto dos palácios moscovitas, cenário que, apesar da amplidão e luxo de seus imensos corredores, iria se revelar bem mais inóspito que os frios grotões de sua vida anterior.
A dura experiência com esse mundo gélido de intrigas palacianas, às quais sempre era jogado contra sua vontade, e de grandes tensões e responsabilidade só foi apaziguada com a chegada do primeiro amor, Zoia. Mas os tempos eram agitados, e a história deixou pouco espaço para idílios: quando a Revolução Bolchevique tomou de assalto o país, e isolou toda a família do czar numa casa de campo nos arredores de Ekaterinburg, mais uma vez Geórgui teve de agir rápido a fim de salvar a si e a Zoia. A vida com ela lhe custaria pátria, família e prestígio, e ele jamais se arrependeu disso - mas e para Zoia, o que teria custado?
Numa narrativa fascinante, em que presente e passado vão convergindo em capítulos alternados, da Inglaterra dos anos Thatcher para a época dos czares russos, e dos anos difíceis da Segunda Guerra Mundial para o turbilhão da Revolução Bolchevique, acompanhamos Geórgui em meio a acontecimentos históricos decisivos que acabam por se revelar mero pano de fundo para uma história de amor que esconde um grande mistério, talvez maior mesmo que a própria história.

fonte: http://companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12868 


de acordo...
Uma obra prima!!!
Para ler mais resenha como essa acesse: www.orestaurantedofim.blogspot.com

O livro conta a história de Geórgui Jachmenev, um homem de idade avançada e que nos últimos dias de vida de sua esposa começa a relembrar a sua vida. Ele narra alguns fatos da sua infância, mas a grande história da sua vida começa com um acidente. Em uma uma aldeia pobre e esquececida na Rússia de 1914 (época da 1° guerra mundial), ele sem querer salva a vida do primo de Czar ao tentar evitar que o seu amigo de infância faça a loucura de atirar no grão-duque Nicolau, O Alto.


Depois desse ato, que resulta no morte de seu amigo, ele é levado para São Petesburgo e começa a trabalhar como guarda-costa de Alexei, o filho mais novo e único homem do Czar. Lá ele conhecerá, o amor e todas as consequências que isso trás.


Eu não tenho palavras para descrever esse livro. Honestamente. Tudo o que eu falar multipleque por 3x, porque eu não sou capaz de transmitir a grandeza desse livro.


Primeiro, assim como os outros livros do autor John Boyne ( o menino do pijama listrado), ele foca em um período histórico e coloca um personagem fictício no meio de tudo, criando uma nova história, mas nesse livro ele faz isso tão maravilhosamente que você quase deseja que isso seja verdade.


É muito comum analisarmos a história e tirar conclusões apartir do que lemos ou nós foram falados. Sempre vemos os grandes tiranos como pessoas totalmente sem corações. Mas nesse, o último Czar da Rússia, Nicolau II é retratado primeiramente como um humano, um humano tocado por Deus, como era considerado os Czares na Rússia, mas ainda assim um pessoa de carne e osso.


Geórgui é um homem de bom coração, mas ele apresenta os seus defeitos e as suas grandes falhas ao longo da história, seja comprometendo o seu corpo ou algum ente querido. E não só Geórgui, como também todos os personagens envolvidos. Ninguém é 100% santo.


Para quem conhece um pouco a história do último Czar da Rússia e o destino da sua família os Romanov, vai conseguir ver as referências bem no começo, mas para quem não conhece nada, não procure, não ainda. Você terá uma viagem muito maior e mais pura.


E não se preocupe porque vai ser impossível você terminar de ler esse livro sem se sentir impelida a ler alguma coisa sobre o período. Ou sem ter colocado (assim como eu) São Petesburgo na sua lista de "lugares para se ver, antes de morrer".


O livro de Boyne é uma obra-prima, e afirmo isso como toda a minha força, que é um dos melhores livros que já li na vida, porque mesmo hoje, alguns dias após ter lido o livro, sinto as emoções dos personagens ao pensar na história, ao fazer a resenha.


Simplesmente maravilhoso, fico grata de ter escolhido esse livro, para que ele pudesse autografar durante a Bienal, porque agora tenho dois motivos para ter orgulho dessa obra.

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