quinta-feira, 30 de maio de 2013

Manufatura Digital pode aumentar competitividade das empresas


Oficinas em diversos segmentos mostraram como os empresários podem usar os avanços da tecnologia
Como parte da comemoração do Dia da Indústria, o Sistema FIRJAN promoveu, nesta quinta, dia 23, oficinas sobre Manufatura Digital aplicada a quatro setores da indústria: Construção Civil, Têxtil e Confecção, Metalmecânica e Indústria Criativa.

Nos encontros, representantes dos segmentos apresentaram casos práticos da adoção de tecnologias que integram informações em ambiente virtual. Além disso, falaram sobre os benefícios da utilização destas ferramentas, como a redução de custos e a otimização de processos.

 
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O público participou de oficinas sobre Manufatura Digital aplicada a quatro setores da indústria: Construção Civil,
Têxtil e Confecção, Metalmecânica e Indústria Criativa / Fotos Guarim de Lorena

Marco Aurélio Silva, coordenador de TI da Voith, empresa do setor metalmecânico, apresentou um case de implantação de manufatura digital utilizando a ferramenta PLM (Product Lifecycle Management - gestão de ciclo de vida do produto),
explicando como funciona o processo de modelagem 3D, CAD e prototipagem integrado com a linha de produção.

 
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Marco falou sobre como foi o início da implantação: “O primeiro passo foi harmonizar os programas em todas as unidades da Voith. Consolidamos a base de dados em um só lugar (Alemanha), modernizamos os sistemas e padronizamos a produção”, afirmou.

Gilberto Faria, apontou os ganhos com a manufatura digital. “A Voith decidiu mudar e investir na manufatura digital. Com isso, ganhamos na apresentação visual ao cliente, reduzimos os erros, aumentamos a produtividade e reduzimos a sobra de materiais. Com os visualizadores 3D temos precisão nos detalhes da fabricação, ganhando a confiança dos clientes, disse o analista sênior da empresa. “Percebemos a importância desse avanço tecnológico”, finalizou.

O empresário Ricardo Guadagnin, diretor da D&C Móveis Planejados, falou sobre a importância da tecnologia. “O evento é muito interessante porque levanta a discussão sobre paradigmas que já estamos lidando no dia a dia. Cada vez mais se fortalece a ideia da importância das pessoas numa empresa, elas são o centro das atenções numa organização. Além disso, falar sobre manufatura digital é extremamente relevante, ela elimina processos e, ainda, faz com que a empresa ganhe tempo de produção.”

A diretora executiva da FabLab, Heloisa Neves, destacou a nova forma de criação e produção colaborativa utilizando manufatura digital, desde a concepção até a prototipagem, em um ambiente colaborativo na indústria criativa.

“Esse novo modelo de produção está muito mais aberto do que o tradicional. Isto não quer dizer que as empresas tradicionais serão completamente substituídas, mas elas só continuarão existindo se decidirem atualizar mais do que somente seu maquinário. É necessário repensar processos e modelos, ser mais aberto à colaboração, à multidisciplinaridade e às práticas realmente ‘open’”, disse Heloisa. “Acima de tudo, é preciso que essas empresas se conectem com as mentes criativas”, complementou.

Manufatura digital aplicada à indústria de confecções

Na oficina do setor têxtil e de confecção, a diretora comercial da Lucitex, Nelci Layola Porto, lembrou dos benefícios da manufatura digital aplicada à indústria de confecções através da tecnologia PLM. “Com os sistemas integrados de produção, reduzimos o tempo de produção, os desperdícios, universalizamos os processos em tempo real, dentre outras vantagens”.

Nelci falou sobre um dos sistemas utilizados pela Lucitex, o Cad-Cam. “Com o Cad, aumentamos o rendimento, ganhamos em resultado. Não consigo mais imaginar nossa empresa sem o auxílio da tecnologia, ela torna todo nosso processo mais dinâmico”, contou.

Fernando Correa, diretor técnico da Sinco Engenharia, demonstrou como a tecnologia BIM (Building Information Modelling), aplicada à indústria da construção civil, pode integrar as fases de concepção, arquitetura e construção, otimizando o custo e o tempo através do uso de tecnologias de visualização 3D e simulação.

“Esta tecnologia proporciona aos engenheiros descobrirem erros incríveis, quase imperceptíveis. Claro, isso no campo virtual é muito mais confortável de se perceber e a solução para o problema vem imediatamente. Caso o erro seja descoberto apenas no momento da construção, obviamente, o prejuízo é bem maior”, explicou Fernando.

O diretor ainda falou sobre o que será necessário para a disseminação deste tipo de tecnologia em um futuro próximo. “Precisaremos capacitar profissionais para a Construção Civil. Oferecer cursos técnicos multidisciplinares, intensificar a formação de mão de obra e, com certeza, o SENAI será um grande parceiro nisso, declarou Fernando.

“Instituições importantes estão adotando a BIM como o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Petrobras, Exército e o Ministério das Cidades”, encerrou.

O supervisor de Construção Civil do SENAI do Rio, Roberto da Cunha, destacou a importância desta ferramenta para o desenvolvimento do setor. “É uma ferramenta essencial para atender o nível atual de expansão da construção civil. Para assegurar a escala atual de produção, faz-se necessário industrializar o processo de concepção e produção do edifício. Em estudo recente sobre tendências tecnológicas para a construção civil, o BIM recebeu a posição de destaque entre todas as tecnologias elencadas, o que demonstra a importância desta ferramenta para o desenvolvimento do setor” afirmou.
http://www.firjan.org.br/futurodaindustria/noticias/manufatura-digital-pode-aumentar-competitividade-de-empresas.htm

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