quarta-feira, 30 de maio de 2012

Como criar talentos?

Percebe-se o grande interesse no ramo empresarial em otimizar os relacionamentos interpessoais, mas como conduzir e profissionalizar colaboradores que realmente sejam eficazes em um mundo onde a globalização somada à tecnologia sucateiam rapidamente os produtos, serviços e conhecimento.


A grande maioria das empresas sofre de depreciação constante e poucas delas percebem tal realidade, falha esta, que cabe não somente ao gestor, mas da instituição em si, pois diante da nossa era globalizante, faz-se necessário e constante a busca por atualização e formação continuada por parte dos profissionais, independentemente de sua função na empresa.
Evidencia-se que o maior desacerto nas organizações é acreditar que a formação continuada depende única e exclusivamente do colaborador, este é um papel cabível a toda estrutura. Para que o colaborador passe a ser talento humano é fundamental o incentivo profissional e estudantil, no qual além de momentos de formação no próprio ambiente interno, ocorra políticas de estimulação a continuidade do estudo, podendo assim, ambos, individuo e empresa, visualizarem as oportunidades e projetar o crescimento gradativo.
Outro desacerto comum, no interior das empresas, é pensarem que estão em seu auge, de riquezas, de conhecimento e de estabilidade por serem bons, mera ingenuidade, assim como o mundo é mutável e inconstante, as certezas, se configuram em incertezas.
O cerne da questão, já fora identificado, como um dos males de insucesso nas organizações, entretanto, sua solução é clarividente, em nossas instituições é de extrema urgência o investimento em talentos humanos. Assim o presente estudo, busca- ra explicitar práticas concretas, que cativam, corporeificam e promovem a integração, nas quais todos os colaboradores tornam-se gerentes e diretores das empresas, vestindo a camisa e dedicando- se de corpo, alma e mente, tendo como motivação seu alto grau de satisfação. Logo, fica nítido que o conhecimento é eterno, porém o aperfeiçoamento de todos na empresa deve ser constante para sua manutenção no mercado de trabalho.
O investimento em talentos humanos é um dos maiores métodos para empresas que pensam em seguir crescendo com qualidade e competindo, uma vez que vivenciamos o que costumo chamar em minhas aulas de “Economia do Conhecimento”, em que pontificam a produção científica, as inovações tecnológicas e o empreendedorismo. Neste país, que passa por um momento de buscar expressivo crescimento econômico – que não sabemos se será continuado, face à sequenciais Crises Financeiras que se recupera os EUA e ainda afeta regiões da Europa – Sentimos a falta de pessoas especializadas, nos vários setores das atividades econômicas.
A Globalização somada a altas mudanças tecnológicas depreciam muito rapidamente conhecimentos, ouvi a seguinte frase do empresário Cláudio Zini: “O Diploma deveria ser emitido com um selo de validade, determinado por um período x”.
Crescemos ouvindo que o conhecimento é eterno, porem preciso acrescer que o aperfeiçoamento deve ser constante. Já ouvi empresários lamentar e dizer que não encontram mão de obra qualificada, para esta duvida a resposta é simples, faça você mesmo!. Crie uma universidade corporativa, chama seus colaboradores interessados em aprender e crescer profissionalmente que eles abraçarão a causa do conhecimento.
Em muitos livros você encontra-rá frases que tratam os colaboradores como um recurso, mas eu ouso dizer que é o que usamos para agregar valor com felicidade. A criação de escolas nas empresas tem sido uma alternativa sabia de alguns empresários que pensam e praticam desde já em futuro promissor.
Á alguns dias em uma consultoria o empresário questionou-me,
- E o custo disso?” Respondi,
- O investimento é a médio e longo prazo. O empresário insistiu.
- Mas e se o meu colaborador pedir demissão? Respondi com duas perguntas
- E se não ensinar ninguém e ninguém pedir demissão? Continuará ate quando trabalhando com a força braçal de seus colaboradores ao invés da inteligência?
Os empresários que souberem extrair de seus colaboradores a força intelectual ao invés da braçal atinge rapidamente e com eficiência a excelência da maximização de resultados e ainda, com felicidade.
Drucker diz que hoje precisamos nos autogerenciar mais do que em qualquer época. Sim, não há mais espaço para empresas que repassam ordens e colaboradores que as cumprem, no mínimo um questionamento e/ou aperfeiçoamento deve existir por parte do colaborador, e ainda a empresa fazer com que as tarefas sejam executadas com alegria, mas pra isso ser possível os colaboradores precisam ter um requisito mínimo, chamado conhecimento com inovação.
Este merece um pedestal na orquestra das empresas. Ouso acrescer o que o guru Drucker diz acima, e ainda que para colaborador se autogerenciar deve estar em constante aperfeiçoamento sobre a atividade elaborada e também contextos gerais da empresa. Tenho um exemplo claro de uma empresa familiar que quando surge um problema na linha de produção, por exemplo, é exposto cartazes nos setores envolvidos afim de “arrecadar” ideias dos colaboradores. Assim os envolvidos não só ajudam a resolver mas também participam do processo. Este modo fica melhor ainda quando os talentos humanos trabalham livres, sem pressão. Quando trabalhamos com alegria inovamos com entusiasmo. Isso é trabalhar com qualidade.
Vamos pensar a partir do modo inverso. Se todas as vezes que um colaborador faz algo errado levar um “puchão” de orelha passará a gastar energia e traçar estratégias para se defender da própria empresa, com isso o empresário está pagando para receber um trabalho braçal de baixa qualidade onde poderia estar recebendo pelo mesmo valor um trabalho ótimo e cheio intelecto. O empresário Claudio Zini deixa bem claro ao dizer “…é fácil medir os custos de uma empresa, difícil é medir o intelecto”.
Qualidade de vida no trabalho é muito importante, pois existe um custo invisível das pessoas que trabalham naquilo que não gostam. Neste momento entra o Great Place to Work, organizações investem pesado para destacar-se e reter seus talentos. Podemos tirar como exemplo a empresa Norte Americana AES, uma das maiores distribuidoras de energia elétrica do país, esta tem como base quatro princípios; integridade, justiça, responsabilidade social e diverção. Sendo este ultimo o de maior ênfase na organização, seus fundadores acreditam que quando as pessoas estão de bem com a vida elas se jogam de corpo, alma, espírito e mente, o que é muito diferente do que receber ordens.
Feliz do empresário que ao ser questionado sobre qual era o seu negocio, respondeu: Mexer com gente. E ainda acresceu, “…sou feliz porque consigo reter comigo os melhores talentos. Na era do trabalhador e do conhecimento é a principal atividade da empresa é atrair e reter talentos” complementou. Assim se desenvolve uma equipe de lideres. Logo ouso dizer que o principal declínio de uma empresa é quando não atrai mais pessoas ambiciosas.
Complemento ainda sábias palavras de Jim Collins, que em suas palestras fala muito sobre QUEM, o “quem” vai fazer, vem antes da estratégia e do que fazer. O que nos leva a concentrar esforços em aprimorar e alavancar conhecimento aos colaboradores, assim a sua empresa estará caminhando para o sucesso com maior qualidade. Além disso ainda temos que falar de responsabilidade social, mas deixarei para as próximas escritas.
Conclui-se que empresas de clima pesado não atraem bons colaboradores e ainda perde os talentos que tem. Empresário, crie uma universidade corporativa e de condições a seus colaboradores para tomarem decisões sem força-los a isso, deixe também o clima gostoso, agradável de trabalhar, posso garantir que um colaborador proibido de acessar o site da faculdade pra ver rapidamente seus e-mail acadêmicos por exemplo, certamente no domingo a noite este mesmo colaborador não passará um e-mail de trabalho compartilhando informações ou concluirá uma estratégia de negócios de sua casa que poderia beneficiar a empresa. Ao invez de advertir seu colaborador por cometer erros, faça-o descrever e compartilhar com seus colegas e ainda ensina-lo a não mais comete-lo, que automaticamente os demais já estarão precavidos de tal falha.
  Referências
ZINI, Claudio Zini. Diretor-presidente da Pormade, palestra “Inovação em Gestão” 2012
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/3-grandes-ensinamentos-de-peter-drucker/31374/ – 3 Grandes ensinamentos de Peter Drucker.
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/como-criar-talentos/63642/

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