terça-feira, 1 de maio de 2012

Simulador em SP atrai curiosos e reproduz "tremedeira" da Indy

Máquina reproduz situações de corrida, mas reduz exigência física dos pilotos a 40%. Foto: Edson Lopes Jr./Terra  
Máquina reproduz situações de corrida, mas reduz exigência física dos pilotos a 40%
Foto: Edson Lopes Jr./Terra
Emanuel Colombari
Henrique Moretti
Direto de São Paulo
A garagem da Fórmula Indy no Circuito do Anhembi, em São Paulo, contou no último final de semana com um espaço que, se não era dedicado a uma equipe específica, poderia muito bem ser. Em um dos cantos do local, um simulador da pista paulistana dava uma noção bastante real de trepidação e aderência.
A máquina foi trazida ao Brasil pela empresa VisualControl e é aparentemente simples: um banco homologado, pedais, uma direção de corrida e três telas, para dar ao piloto uma visão frontal e lateral bastante ampla. Sob a instalação, três pistões elétricos e quatro motores tratam de simular toda a "tremedeira" do carro.
Nelson Costa, 52 anos, é um dos sócios da empresa que trouxe o simulador para o Brasil - que, de simples, tem só a aparência. O tecnólogo, empresário do ramo de automação, esperou três meses pela montagem do aparelho no exterior, e diz que a possibilidade de pilotar é bastante restrita a pilotos.
"O projeto é meu e do meu sócio. O objetivo é ajudar no desenvolvimento de pilotos, de jovens talentos. É especificamente para uso dos pilotos", conta Nelson, que trabalha para ajudar na diminuição dos custos dos testes dos pilotos que moram no Brasil. Segundo ele, a máquina roda simulações de categorias como Fórmula 1, GP2, Fórmula Indy e Stock Car brasileira, dentre outras de turismo. Todas distintas entre si.
"Você pega um simulador de Fórmula 3 e tem uma determinada cavalaria (potência) nas costas. Na GP2, tem mais. Na Fórmula 1, mais ainda. No simulador, você tem tudo isso real: câmbio, pneus, tudo. E o simulador tem semelhanças das pistas, como bumps, zebras e aderência, graças aos dados da telemetria", explicou.
Apesar do realismo da experiência, o simulador tem limitações - ele reproduz giros e a aplicação da força gravitacional lateral, mas não a gravidade frontal de aceleração e frenagens. Segundo Nelson, a máquina está programada para simular a física do carro em 40%, podendo chegar a 70%. Mais do que isso, apenas pilotos profissionais das categorias.
Quem chegou a testar no simulador há pouco tempo foi Rubens Barrichello, piloto da KV Racing que pouco conhecia o traçado do Circuito do Anhembi. "O (cockpit) virtual é muito legal, você aprende muito. No simulador daqui, mexendo, você aprende muito. Mas o simulador de carro, (programado) acima de 550cv, 600cv, é difícil de simular a saída de traseira do carro", disse Rubinho.
O próprio Nelson contou como foi a experiência de Barrichello no simulador. "Foi um pouco diferente. Há duas semanas, ele foi na nossa sede para conhecer a pista. Andou uma hora e meia, duas horas. Disse que conheceu tudo em seis voltas", explicou o empresário.
No simulador, a melhor volta do ex-piloto de Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams na Fórmula 1 foi de 1min26s5. Nelson, "andando tudo", conseguiu 1min24s9. Mas na pista de verdade, Rubinho andou em 1min22s3 neste sábado e "deu o troco". Conseguiu o 13º lugar no grid, mas ganhou uma posição graças às punições de rivais antes da corrida.
Experiência
A reportagem do Terra teve a possibilidade de pilotar o simulador da VisualControl e deu vexame. Na primeira tentativa, uma batida na volta lançada cancelou a tomada de tempo. Mais uma tentativa, e mais uma batida - justamente quando a pista do Circuito do Anhembi se tornava mais amistosa e os pontos de aceleração e frenagem eram mais conhecidos.
No fim, as tentativas foram abandonadas, para alívio de Nelson Costa. Mesmo assim, foi possível sentir a tremedeira do carro nos bumps das retas mais velozes, e até mesmo o drama para passar pela elevada zebra do S do Samba. Ao fim, dores pelo corpo.
A reportagem termina sem registrar uma melhor volta, embora com um desempenho auto-avaliado como "promissor". Mesmo assim, no grid virtual, os pilotos - que dirigiram com câmbio automático, diga-se de passagem - ficaram atrás da volta registrada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na véspera: 3min59s894.

fonte: http://esportes.terra.com.br/automobilismo/formula-indy/noticias/0,,OI5745481-EI19770,00-Simulador+em+SP+atrai+curiosos+e+reproduz+tremedeira+da+Indy.html

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