quarta-feira, 14 de novembro de 2012

5 tecnologias emergentes para o segmento corporativo


Recentemente, assisti ao Gartner IT Symposium, que é o evento mais próximo a uma reunião anual de CIOs que se pode imaginar. Embora se trate de uma empresa essencialmente de consultoria, o Gartner faz um bom trabalho direcionando as atividades de sua conferência a discussões sobre tendências corporativas e desenvolvimento.
Parte do fórum é dedicada a apresentação de sua lista anual das principais tecnologias corporativas, que eu abordei em outra coluna. Por mais sólida que seja a lista,  acho que suas análises deixaram de fora cinco grandes desenvolvimentos. Alguns deles foram recentemente destacados durante a conferência de tecnologias emergentes, EmTech, do MIT, que eu assisti logo depois do evento do Gartner.
Esses cinco desenvolvimentos deveriam estar em seu radar corporativo:
1.Sistemas Digitais de Manufatura – Ainda grande parte da economia dos EUA, a manufatura vale cerca de US$ 2 trilhões, de acordo com Rodney Brooks, fundador da Rethink Robotics. Brooks liderou o desenvolvimento de um robô industrial seguro, fácil para humanos lidarem e tão simples de programar quanto baixar um aplicativo na app store da Apple. (Eu testei e realmente é simples assim).
Com um robô de US$ 22 mil que pode ser configurado e funcionar em questão de minutos, a empresa, definitivamente, tem um trunfo. Mas a Rethink é apenas uma das pernas que compõem o tripé da reformulação da manufatura. Outra perna é composta pelas impressoras 3D, que criam protótipos rapidamente. E, por fim, o desenvolvimento de um mercado de manufatura pequeno e de curto prazo (como o Fab Lab, do MIT, por exemplo) para inovadores que querem suas ideias em produção rápida estão se unindo pra criar um sistema de manufatura que tornará essencial para empresas funcionarem mais perto de seus clientes.
Qualquer executivo C level, na indústria da manufatura, que não estiver de olho nesses sistemas vai ter um choque. O trabalho de produção em outros países, por mão de obra mais barata, está prestes a perder sua vantagem econômica.
2. Wireless de alta velocidade – A força de trabalho móvel parece ser uma boa ideia – até você ter de encarar capacidade de dados, controle de fluxo e baixas velocidades de conexão. E se, em dez anos, sua rede wireless celular for dez mil vezes mais rápida do que a de hoje – parece impossível?
Na verdade, nem tanto. Os avanços no uso do espectro digital, enormes quantidades de repetidores ligados às linhas de retorno e, mais importante, estações de base operando dentro de prédios estão todos dentro de nossas possibilidades técnicas. Matt Grob, CTO da Qualcomm, explica tudo isso nesse vídeo. Se você acha que a Internet móvel será, para sempre, a prima pobre da Internet fixa, você vai se surpreender.
3. Design responsivo – O crescimento da Internet móvel significa que cada vez menos pessoas acessam seu website corporativo de um desktop. Essa mobilidade sugere, também, que você precisa de um design que alcance smartphones e tablets, cada um com seu aplicativo específico e sistema de gerenciamento de conteúdo web.
A melhor solução é um design que se ajuste ao dispositivo por onde é acessado: Responsive Web Design. RWD deve se tornar o novo acrônimo de três letras parte de toda área de desenvolvimento Web corporativa.
4. Educação sobre tecnologia – Big data, computação em nuvem e mobilidade corporativa exigem conjuntos de habilidades técnicas que a grande maioria das empresas não possui. O número de cargos necessários é previsto para ser enorme. Os analistas do Gartner estimam que desenvolvimento e análise de grandes conjuntos de dados devem abrir cerca de 4,4 milhões de vagas em TI por todo o mundo, o necessário para suportar big data até 2015.
Pode parecer uma boa notícia, especialmente porque pessoas de fora de TI serão necessárias para suportar o novo ambiente rico em dados. Nos EUA, o movimento big data deve criar 1,9 milhão de empregos em TI até 2015, de acordo com o chefe de pesquisas da Gartner, Peter Sondergaard.
O lado negativo – é um grande negativo – é que apenas um terço dessas vagas será preenchido devido à falta de profissionais habilitados.
Vamos imaginar, por um momento, que as previsões do Gartner estejam muito próximas da realidade. As empresas tendem a fazer uma boa campanha em favor do treinamento de funcionários, mas um péssimo trabalho no oferecimento desse treinamento. Nesse cenário entra um novo conjunto de empresas, como a Udemy, que busca a interrupção do modelo atual de educação. Enquanto tais empresas tendem a focar no conserto da educação pública, suas plataformas e técnicas são igualmente aplicáveis aos negócios. CIOs precisam direcionar os programas de treinamento corporativos ao oferecimento dos conjuntos de habilidades que a empresa precisa para crescer.
5. Small Data – Muitas expectativas de big data são baseadas em acordos unilaterais. Clientes permitem que empresas discretamente coletem informações nas atividades de websites, em troca de serviços gratuitos e aplicativos no Google, Bing, Facebook e outros. O mito do anonimato é perpetuado por páginas repletas de regras de privacidade que ninguém, em sã consciência, pode ler e compreender.
Em troca, os usuários recebem propagandas direcionadas e mais consciência de que a “privacidade por acesso livre” é uma barganha faustiana, já que suas identidades são leiloadas no mundo digital.
E se houvesse uma forma dos usuários recuperarem sua identidade e parte de suas informações em troca de algo mais do que e-mail gratuito? Este é pensamento por trás do Personal.com. Em sua apresentação no EmTech, o presidente Shane Green fez um argumento convincente sobre os usuários que, em seu direito, esperam se tornar parte da mistura mídia/propaganda, não um alvo.
O crescimento dos usuários e a recuperação da identidade e dos direitos de privacidade se tornarão um assunto importe para as empresas conforme elas adotam plataformas de comércio digital. O controle do cliente sobre informações pessoais e identidade vai reorganizar o conceito de gestão de liderança, cuidados com consumidor e outras atividades que exigem o conhecimento persistente das atividades do usuário.
http://informationweek.itweb.com.br/11486/5-tecnologias-emergentes-para-o-segmento-corporativo/

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